Thursday, February 18, 2016

Os cinco estágios do colapso

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A Editora Revan lança o livro Os cinco estágios do colapso, do escritor russo Dmitry Orlov. Nesta obra, o autor mostra como a crise profunda que atravessa o capitalismo em escala mundial torna iminente e inevitável um colapso, uma crise sistêmica – econômica, política, social e cultural. Diante da impotência da população no tocante à paralisia política, às crescentes escassezes de recursos e ao rápido aquecimento global, ele propõe que se realize uma radical mudança cultural, a fim de que nos preparemos para o colapso aparentemente inevitável.

Orlov trabalhou em diversas áreas, inclusive pesquisa em física de alta energia, comércio eletrônico e segurança na Internet. Também já escreveu muito sobre o colapso, sendo o primeiro a comparar o fim da antiga União Soviética a um segundo colapso que se delineia, o dos Estados Unidos. Apesar do quadro pessimista, neste livro ele explica que, se os três primeiros estágios do processo (financeiro, comercial e político) forem enfrentados com as transformações pessoais e sociais adequadas, as piores consequências da derrocada social e cultural (seus estágios finais) poderão ser evitadas.

Com uma narrativa ácida, o autor não só descreve os cinco estágios do declínio, como também apresenta algumas soluções para sobreviver a ele, detalhando as características típicas das comunidades altamente resistentes. Para isso, ele utiliza como base um exame aprofundado das sociedades pré e pós-colapso.

Em comentário, o membro do Post Carbon Institute Richard Heinberg, destaca a importância das ferramentas criadas por Orlov na intenção de criar soluções viáveis pós-colapso na escala da família e da comunidade. “Mesmo se pensasse que o colapso é impossível, ainda assim eu leria tudo o que Dmitry Orlov escreve, por ele ser um escritor muito divertido. Infelizmente, contudo, algum tipo de colapso, de um grau ou outro, é quase garantido. Orlov presta um ótimo serviço para todos nós ao destrinchar os tipos e graus de colapso de forma a podermos nos preparar para o que é provável e nos mantermos firmes na rejeição do que não vai sobreviver.”, afirma.